segunda-feira, 28 de março de 2011

Saúde do Adolescente e do Jovem

Drogas

Faz parte da adolescência a busca por novas experiências e sensações. Aí entra também a curiosidade pelo uso das drogas, tanto as lícitas, quanto as ilegais. Se você é adolescente, é importante estar informado quanto aos riscos relacionados ao consumo de álcool e outras drogas. Veja:

Álcool – Embora o Estatuto da Criança e do Adolescente proíba a venda de qualquer tipo de bebida alcoólica para menores de 18 anos; entre os jovens de 12 a 17 anos a taxa de dependentes de álcool é de 7%. A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) de 2009, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e financiada pelo Ministério da Saúde, mostrou que 27% dos estudantes haviam bebido no último mês.

Riscos – A bebida pode agir como estimulante em uma primeira fase e deixa a pessoa desinibida e eufórica, mas à medida que as doses aumentam, começam a surgir os efeitos depressores, que levam a diminuição da coordenação motora, dos reflexos e sono. O uso prolongado pode causar alcoolismo, cirrose e câncer no fígado. No comportamento, provoca agressividade.
É importante ressaltar que o consumo de álcool pode trazer prejuízos ao corpo do adolescente, ainda em formação. Além disto, pode aumentar a vulnerabilidade para infecções sexualmente transmissíveis, pela ausência do uso de preservativo nas relações; violência e acidentes.


Tabagismo – A produção do cigarro é um processo que leva a adição de vários produtos e processos químicos. Vários componentes do cigarro podem provocar câncer, tais como a amônia, a acetona, o monóxido de carbono. Resultados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE - 2009), elaborada pelo IBGE e financiada pelo Ministério da Saúde revelam que quase 76% dos estudantes brasileiros nunca experimentaram o cigarro.


Riscos – O cigarro costuma provocar doenças a longo prazo. Dentre elas estão o câncer de pulmão, de faringe, de boca, além de problemas cardíacos, circulatórios e pulmonares.

Inalantes – São produtos industriais combustíveis ou de limpeza inalados com o propósito de sentir algum barato. Em poucos segundos podem provocar euforia e fantasias, mas os efeitos desaparecem rapidamente. Geralmente é usado por adolescentes em situação de rua. Exemplos: Solventes, Gases, Éter, clorofórmio.


Riscos – Danos ao fígado, rins, perda de peso, ferimentos no nariz e boca. Em usuários crônicos pode causar danos irreversíveis ao cérebro e até morte.


Maconha –É o nome popular da planta Cannabis sativa. Esta droga, se fumada em pequenas doses pode alterar a percepção do indíviduo quanto ao gosto, tato, olfato e tempo.


Riscos do uso – prejudica a memória, diminui os reflexos, pode causar problemas no aparelho respiratório e aumenta as chances de desenvolver câncer de pulmão.


Cocaína – Substância extraída das folhas da coca que provoca nos usuários a sensação de alerta, euforia, auto-confiança; mas também pode provocar sensação de perseguição, ansiedade, isolamento, pânico e agressividade. Diminui o sono, cansaço e apetite.


Riscos do uso – Quando usada altera as batidas do coração, a pressão arterial e a temperatura. Quando injetada na veia, a overdose desta droga pode levar a morte por depressão, convulsão e falência cardíaca. O uso compartilhado de seringas pode trazer doenças como a AIDS e hepatites.


Ecstasy – Droga sintética que provoca modificação na percepção dos sons e imagens.


Riscos do uso – Aumento da temperatura corporal e desidratação, esgotamento físico e morte súbita. Uso repetido pode gerar ansiedade, medo, pânico e delírios.


Crack – É uma droga proveniente das sobras do refino da cocaína, que pode gerar dependência rapidamente. Em poucos segundos ela atinge o sistema nervoso e produz agitação e euforia. Logo mais, vem a depressão.
Conseqüências do uso: Perda de apetite, perda de peso e desnutrição, insônia, rachaduras nos lábios e gengivas, tosse e problemas respiratórios, problemas cardíacos, depressão e sentimento de perseguição.


*Em caso de dependência de qualquer uma dessas drogas: Procure os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) infantil e adolescente ou o CAPS I ou CAPS II, CAPS III, ou ainda álcool e outras drogas. O Sistema Único de Saúde oferece ainda: programas de redução de danos, atenção básica, internação e consultórios de rua.
Veja aqui a relação de CAPS


Fonte: Série Por dentro do Assunto - Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) e Ciência Hoje na Escola, volume 13 – Conversando sobre a Saúde com Adolescentes.

domingo, 27 de março de 2011

Chocolate é bom para a saúde

Coma chocolate
Delicie-se com as descobertas científicas que revelam: o alimento protege o coração, ajuda a prevenir o diabete tipo 2, reforça as defesas do corpo e ainda auxilia no controle do apetite
por Fábio de Oliveira | design Robson Quinafélix | fotos Gustavo Arrais

Sua matéria-prima, o cacau, era considerada por maias e astecas o alimento dos deuses. Tamanha veneração talvez tenha se originado da dedução de que as sementes do fruto do cacaueiro escondiam diversas propriedades. Se eram realmente divinas, isso ainda carece de comprovação. No entanto, quase cinco séculos depois de os espanhóis enriquecerem o paladar europeu com um dos sabores do Novo Mundo, sobram evidências científicas de que o chocolate amargo, guloseima com um gosto peculiar justamente por ter maior teor de cacau na sua composição, promove uma série de benefícios para a nossa saúde.

Os resultados de uma das pesquisas mais recentes sobre esse chocolate confirmam que ele protege o coração. Realizado na Universidade Hospital Colônia, na Alemanha, o estudo revela que seu consumo rotineiro reduz os níveis da pressão arterial.O trabalho avaliou 44 pacientes entre 56 e 73 anos, pré-hipertensos ou no estágio inicial do problema. Durante 18 semanas parte deles consumiu 30 calorias diárias, ou 6,3 gramas de chocolate amargo, algo equivalente a um único pedaço de uma barrinha. Os demais participantes ingeriram o tipo branco.

Aqueles ínfimos 6,3 gramas da versão de gosto mais acre derrubaram a pressão que o sangue exerce sobre os vasos a máxima, ou sistólica, em 1,6 milímetros de mercúrio e a mínima, a diastólica, em 1 milímetro de mercúrio. Além disso, a prevalência da hipertensão problema que acomete cerca de 1 bilhão de pessoas no globo e é responsável por milhares de casos de infarto e derrame caiu de 86% para 68%.

A queda de cada 2 milímetros de mercúrio na medida da pressão máxima já diminui bastante o risco de morrer de AVC ou do coração, assegura o cardiologista Marcus Bolívar Malachias, da Sociedade Brasileira de Cardiologia. No estudo alemão, provou-se ainda que tudo isso pode se dar sem alterações no peso e nas taxas de açúcar e gordura na circulação.

Um anjo veio me falar-Rouge

terça-feira, 8 de março de 2011

Alma de Mulher


Nada mais contraditório do que ser mulher...
Mulher que pensa com o coração,
age pela emoção e vence pelo amor.
Que vive milhões de emoções num só dia
e transmite cada uma delas, num único olhar.
Que cobra de si a perfeição
e vive arrumando desculpas
para os erros daqueles a quem ama.
Que hospeda no ventre outras almas,
dá a luz e depois fica cega,
diante da beleza dos filhos que gerou.
Que dá as asas, ensina a voar
mas não quer ver partir os pássaros,
mesmo sabendo que eles não lhe pertencem.
Que se enfeita toda e perfuma o leito,
ainda que seu amor
nem perceba mais tais detalhes.
Que como uma feiticeira
transforma em luz e sorriso
as dores que sente na alma,
só pra ninguém notar.
E ainda tem que ser forte,
pra dar os ombros
para quem neles precise chorar.
Feliz do homem que por um dia
souber entender a Alma da Mulher!


(Fatima Ayache)
Motivos para ser Mulher


Somos o sexo belo.

Não precisamos usar gravatas.

Sentar de pernas cruzadas não dói.

Se resolvermos exercer profissões predominantes masculinas, somos pioneiras, eles bichas.

Nossa inteligência é compatível com a de qualquer homem, mas nossa aparência é melhor.

Se matarmos alguém, e provarmos que foi na TPM, é atenuante.

Nosso cérebro dá conta do mesmo serviço, mesmo com 6 bilhões de neurónios a menos.

Somos capazes de prestar atenção em várias coisas ao mesmo tempo.

Sempre sabemos onde estão as meias. - Se casarmos com o herdeiro do trono, seremos rainhas.

Somos nós que somos carregadas na noite de núpcias. - Somos nós que decidimos quanto à reprodução.

Sentimos o bebé mexendo.

Amamentamos.

Temos 4 meses de licença maternidade. - Sempre estamos presentes no nascimento dos filhos.

Somos a estrela no casamento. - Alguém já ouviu falar em "muso" inspirador?

Vivemos mais. Somos mais resistentes à dor e às infecções.

Podemos dormir com uma amiga sem ser chamada de lésbica.

Namorado de amiga nossa para nós, é homem. - Não investigamos barulhos suspeitos à noite.

Somos mais sensíveis.

Temos um dia internacional. - E por último, fazemos tudo que um homem faz, e de salto alto! MARAVILHA!!!

Feliz dia Internacional da Mulher!

sexta-feira, 4 de março de 2011

O crack: como lidar com este grave problema (I)

Texto produzido pela Coordenação Nacional de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas do Ministério da Saúde

O panorama mundial da difusão do uso do cloridrato de cocaína (pó) por aspiração intranasal esteve associado, a partir da década de 60, à falta de algumas drogas no mercado, como a anfetamina e a maconha, devido às ações repressivas. Contudo, o alto preço do produto levou usuários de drogas à descoberta de outras formas de uso com efeitos mais intensos, apesar de menor duração. Desse cenário, no início de 1980, aparecem novas drogas obtidas a partir da mistura de cloridrato de cocaína com ingredientes cada vez mais incertos e tóxicos. Tempos depois, surge o uso do crack, outra forma fumável de cocaína, disseminando-se no Brasil, oficialmente a partir de 1989, alastrando-se atualmente, em vários segmentos sociais de gênero, sexo, idade e classe social.

Na produção de crack não há o processo de purificação final. O cloridrato de cocaína é dissolvido em água e adicionado em bicarbonato de sódio. Essa mistura é aquecida e, quando seca, adquire a forma de pedras duras e fumáveis. Além dos alcalóides de cocaína e bicarbonato de sódio, essas pedras contêm as sobras de todos os ingredientes que já haviam sido adicionados anteriormente durante o refino da cocaína. As pedras de crack são vendidas já prontas para serem fumadas. Sua composição conta com uma quantidade imprecisa de cocaína, suficiente para que possa produzir efeitos fortes e intensos. Além disso, para obter a produção final do crack são misturadas à cocaína diversas substâncias tóxicas como gasolina, querosene e até água de bateria.

O uso disseminado do crack no mundo das drogas está relacionado a vários fatores que levaram a uma grave transformação, tanto na oferta quanto na procura. De um lado, o controle mundial repressivo sobre os insumos químicos necessários a sua produção – como éter e acetona – leva os produtores a baratear cada vez mais sua fabricação, com a utilização indiscriminada de outros ingredientes altamente impuros. Quanto mais barata sua produção, mais rentável é sua venda. Por outro lado, o crack representa para a população usuária de drogas um tipo de cocaína acessível, pois vendido em pequenas unidades baratas, oferece efeitos rápidos e intensos. Entretanto, a desejada intoxicação cocaínica proporcionada pelo crack provoca efeitos de pouca duração, o que leva o usuário a fumar imediatamente outra pedra. Esse ciclo ininterrupto de uso potencializa os prejuízos à saúde física, as possibilidades de dependência e os danos sociais. A inovação no mercado das drogas com a entrada do crack atraiu pequenos traficantes, agravou ainda mais a situação, com o aumento incontrolável de produções caseiras, se diferenciando conforme a região do país.

À cocaína é misturada uma variedade incerta de reagentes químicos em sua preparação. O desconhecimento quanto a sua composição pode dificultar, muitas vezes, as intervenções emergenciais de cuidados à saúde nos casos de intoxicação aguda sofrida por alguns usuários. Tais condições, porém, não impossibilitam o desenvolvimento de ações voltadas à saúde e ao bem-estar social da referida população

Formas de uso e seus efeitos

O crack é fumado por ser uma forma mais rápida (e barata) de a droga chegar ao cérebro e produzir seus efeitos. A pedra é quebrada e fumada de diversas maneiras e em diferentes recipientes: enrolada no cigarro de tabaco ou misturada na maconha – forma que parece amenizar psiquicamente os efeitos maléficos da droga, como o sentimento de perseguição, a agitação motora e posteriormente a depressão. É também fumado em cachimbos improvisados feitos em tubos de PVC ou em latas de alumínio muitas vezes coletados na rua ou no lixo, apresentando possibilidades de contaminação infecciosa. O uso de latas favorece a aspiração de grande quantidade de fumaça pelo bocal, promovendo intoxicação pulmonar muito intensa.

São vários os tipos de danos causados pelo uso de crack. Além dos problemas respiratórios pela inspiração de partículas sólidas, sua ação estimulante leva à perda de apetite, falta de sono e agitação motora e, a dificuldade de ingestão de alimentos pode levar à desnutrição, desidratação e gastrite. Podem ser ainda observados sintomas físicos como rachadura nos lábios pela falta de ingestão de água e de salivação, cortes e queimaduras nos dedos das mãos e às vezes no nariz, provocados pelo ato de quebrar e acender a pedra, além de ficar o usuário mais exposto ao risco social e de doenças.

15.dezembro.2009

Coordenação Nacional de Saúde Mental, Álcool & Outras Drogas