segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

TUDO SOBRE AS DROGAS.

Morfina



A morfina é uma substância narcótica e sintética (produzida em laboratório), derivada do ópio retirado do leite da papoula. Com uma grande utilidade na medicina, a morfina é usada como analgésico em casos extremos, como nos casos de traumas, partos, dores pós-operativas, graves queimaduras, etc.



O mecanismo de atuação da morfina age no sentido de dificultar a ação dos receptores opióides, já que essas estruturas são importantes na regulação normal da sensação da dor.



A morfina é introduzida por via oral, subcutânea, intramuscular ou intravenosa, sendo que a superdosagem pode resultar em danos graves ao paciente.



Embora a morfina possua úteis funções medicinais, ela também é usada como droga. Nos EUA e na Europa existem um número expressivo de pessoas usando a morfina de forma abusiva. No Brasil, esses números são bem menores.



Sob a forma de droga, a morfina é consumida por via oral através de comprimidos, gerando no usuário a sensação de prazer, bem-estar e euforia.



Os efeitos tóxicos podem se resumir em danificações nas regiões cerebrais, pupilas contraídas, forte prisão de ventre, náuseas, vômito, depressão, impotência e incapacidade de concentração.



O uso prolongado pode levar ao vício, sendo que a abstinência à droga pode causar ansiedade, agitação, febre, náuseas, hipersensibilidade à dor, etc.



Devido à dificuldade de acesso à droga, as pessoas que ficam viciadas no uso entorpecente da morfina são geralmente médicos e pessoas que têm contato direto com a substância.


Álcool

O álcool faz parte das festas e rituais religiosos e é a substância química mais utilizada pela humanidade. As bebidas alcoólicas são adquiridas da fermentação de diversos vegetais e significam as drogas mais antigas que se conhece.



É considerado uma droga psicotrópica, pois atua no sistema nervoso central como depressor de muitas ações no mesmo, provocando mudanças no desempenho e comportamento da pessoa, tais como euforia, excitação, confusão, letargia, coma e morte.



Seu consumo é admitido e incentivado pela sociedade, podendo se tornar um problema de saúde pública quando o consumo for excessivo, causando acidentes de trânsito, violência associada a episódios de embriaguez, além de desenvolver dependência.

Inalantes

Os inalantes são substâncias aspiradas pelo nariz ou pela boca que podem ser produzidas a partir de diferentes princípios ativos que induzem o organismo a produzir modificações alucinógenas e depressoras.



Para a produção dessas substâncias são utilizados solventes juntamente com aerossóis, gasolina, colas, esmaltes, tintas, acetonas, éter, ambientadores, vernizes, fluído de isqueiro, spray para cabelos e muitos outros.



Com o intuito de obter excitação e euforia as pessoas utilizam os inalantes. Esses, também podem gerar efeitos inesperados e indesejáveis de diferentes formas, já que sua composição é bastante variada.



Em geral, provocam agressividade, sonolência, confusão, perda do autocontrole, impulsividade, inquietação, perda da coordenação motora, vertigem, distorção do tempo e das cores, fraqueza muscular, tremores, delírios, podendo, em alguns casos, ocorrer paralisia dos nervos cranianos e periféricos, perda de consciência, lesão cardíaca e no fígado, coma, convulsões e outros.



Os inalantes são substâncias que promovem a dependência de quem os utiliza, bem como a síndrome da abstinência que normalmente dura dois meses. A síndrome pode ser caracterizada pelos efeitos que ocorre, como ansiedade, depressão, agitação, perda de apetite, irritação, agressividade, náuseas, tremores e tonturas.



Após a conscientização do usuário sobre o seu problema, esse deve procurar auxílio médico para que o melhor procedimento para a recuperação seja realizado. Existem vários tipos de tratamento para o usuário de inalantes, mas esses tratamentos devem ser aplicados por profissionais especializados na área.

Maconha

A maconha, também conhecida como Cannabis Sativa, é uma planta que cresce nas condições mais adversas, possui dois gêneros, macho e fêmea. Pode ocorrer de um mesmo pé apresentar ambas as estruturas sexuais. A flor do macho é responsável por produzir o pólen que fecunda a fêmea, essa quando é fecundada enche-se de sementes que dão continuidade à geração seguinte, em seguida a flor morre.



Quando a flor da fêmea não é fecundada, ela armazena a energia que gastaria na produção de sementes. Com essa energia ela excreta grande quantidade de uma resina pegajosa composta por várias substâncias diferentes, entre elas, o THC (delta-9-tetrahidrocanabinol).



O THC na maconha tem a função de protegê-la dos raios nocivos da luz, tendo em vista que a Cannabis Sativa é uma planta originária de regiões desérticas. Essa mesma resina é encontrada na planta inteira, sendo mais concentrada na flor da fêmea que é a droga propriamente dita. Além de ser um protetor solar, o THC também tem outra propriedade, a de grudar em algumas moléculas das paredes dos neurônios de animais, inclusive do homem.



Essas moléculas neuronais são chamadas de receptores de canabinóides. Quando ocorre a ligação do THC com as moléculas dos neurônios, o receptor opera leves mudanças químicas dentro da célula. As mudanças são tão sutis que os cientistas não conseguem estabelecer quais são, no entanto, sabe-se que qualquer alteração dentro dos neurônios, por menor que seja, provoca efeitos sensíveis no raciocínio e na percepção.



Em 1992, o pesquisador Ralph Mechoulam descobriu o motivo pelo qual possuímos o tal receptor canabinóide. Esse receptor tem a finalidade de se ligar a outra molécula, desconhecida, fabricada pelo próprio cérebro, semelhante ao THC. A molécula foi batizada de anandamida (sânscrito, significa “felicidade”). Isso quer dizer que o nosso cérebro produz uma substância com efeitos iguais aos do THC, só que em doses menores.



Não se sabe exatamente o papel da anandamida no cérebro, mas é sabido que desempenha um papel no controle da dor, há suposições de que também interfira na nossa percepção de tempo, na sensação de fome e de que esteja associada ao humor. Por existir receptores de canabinóides em células fora do cérebro, leva a crer que o papel da anandamida seja mais abrangente do que aparenta ser.



São diversos os efeitos que a maconha pode causar em seus usuários como danos na memória de curto prazo, pois o THC afeta o hipocampo, área responsável por guardar a memória recente; dificuldade em manter o raciocínio e a concentração. A maconha altera o ambiente químico do cérebro, deixando-o mais propenso a certas atividades e menos capaz de outras. Seus efeitos podem durar de duas a três horas.



Em muitos países a maconha é ilegal, inclusive no Brasil, mas há lugares onde a droga é legalizada e outros onde ela é utilizada somente com a finalidade de diminuir a dor causada por algumas doenças.



O maior problema da maconha é o aumento do tráfico, a dependência que ela gera e os altos índices de criminalidade, pois o usuário sem dinheiro passa a praticar delitos para manter o vício, ocasionando diversos efeitos socioculturais.

Crack

Situações de Risco



O crack surgiu no início da década de 80. É um tipo de droga feita de cocaína e mistura de cloridrato da cocaína, amônia e água destilada, que formam pequenos grãos.



O crack pode ser usado tanto aspirado quanto fumado. Por ser uma droga barata e pelo efeito durar pouco, faz com que as pessoas a usem em grandes quantidades, o que torna o vício maior. Por ser uma droga barata, atrai mais os usuários de baixa renda.



Quando a droga é fumada pelo usuário, ela faz um barulho de “estalar”, daí surgiu o nome de crack.



Seus efeitos psicológicos são de euforia, sensação de poder e aumento da auto-estima. Os efeitos físicos são: a aceleração do ritmo cardíaco, calafrios, pupilas dilatadas, pressão alta, ansiedade, falta de apetite e paranóia. Ela pode matar por overdose.



O crack é considero como uma das drogas mais fortes, pois além de manter o organismo no ritmo acelerado, também tem altos poderes viciantes.
Anfetaminas

Anfetaminas são substâncias químicas produzidas em laboratório consideradas como estimulantes, já que provocam o aumento da atividade cerebral do indivíduo, deixando o usuário eufórico, ofegante e “elétrico”. Esse aumento do processo cerebral é totalmente nocivo para a saúde, já que leva o usuário a extrapolar seus próprios limites, podendo causar danos irreparáveis ao cérebro.



Quando esse ciclo de euforia acaba, o usuário se sente debilitado, fraco e depressivo, se vê obrigado a voltar a consumir novas e maiores doses da droga, criando assim um processo de dependência.



Essas drogas podem ser consumidas através de comprimidos, por via oral, diretamente injetada na corrente sanguínea, sob a forma de pó ou dissolvidas em bebidas alcoólicas. Os maiores usuários das anfetaminas geralmente são estudantes, caminhoneiros, pilotos e atletas, que buscam a melhora de desempenho em suas atividades, já que as anfetaminas aceleram o cérebro e provocam a perda de sono.



Além de afetar o cérebro humano, as anfetaminas causam a dilatação da pupila, aumento das pulsações e da pressão cardíaca. Estudos comprovam que entre os estudantes brasileiros do 1º e 2º graus das 10 maiores capitais do país, 4,4% revelaram já ter experimentado uma droga tipo anfetamina alguma vez na vida.



Essas drogas possuem efeitos tão fortes que alguns delírios e alucinações causados pela droga podem levar o usuário ao suicídio por razões ilusórias, como uma perseguição imaginária, por exemplo.


Fonte: Mundo Educação

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Amor obsessivo e ciúme doentio

As tragédias relacionadas ao Amor obsessivo e ao ciúme doentio ou patológico

As obsessões são verdadeiras ansiedades …

As Obsessões estão relacionadas à ansiedade criada em resposta a uma situação muito estressante, esmagadora e dolorosa.

Uma frustração amorosa, uma família desestruturada, escola ou ambiente de trabalho nocivo ou ameaçador podem causar um excesso de ansiedade ou a pessoa pode ficar comprometida emocionalmente e tentar buscar uma saída para fugir desta realidade.

A obsessão associa-se a um desejo intenso e a uma necessidade de preenchimento desta privação.

Devido às necessidades básicas de amor, assistência e aceitação que foram negados, a pessoa lesada viaja para o mundo das obsessões para evitar a sensação interna de ansiedade e privação.

A frustração amorosa e o conseqüente sentimento de perda e desvalorização criam perturbações obsessivas e um transtorno de amor obsessivo vinculados a um ciúme patológico

Para sobreviver e encontrar um sentido, a pessoa cria um mundo irreal com fantasias que preencham esse vazio.

A necessidade obsessiva cria mecanismos e estratégias para seduzir o outro originando numa atração fatal que busca a possessão como forma a incluir o outro em sua própria vida, tentando o máximo de controle, pois a falta deste irá provoca intensa dor.

Fortes emoções terroríficas permeiam a vida psíquica e interpessoal da pessoa obsessiva.

Podem ocorrer manifestações de ciúmes patológicos onde as conexões entre fantasias e realidades se perdem facilitando episódios psicóticos onde a ação se torna real.

A pessoa propensa a um amor obsessivo tem dificuldades de relacionamento saudável ligando-se a relacionamentos amorosos complicados, repletos de brigas, desconfianças e ciúmes, com desfechos tensos e violentos.

Torna-se atraída por essas relações fixando-se em parceiros problemáticos e indisponíveis, parceiros emocionalmente inacessíveis, muitos dos quais não se sentem da mesma maneira por ele ou ela.

Esta luta entre parceiros, é um desvio a partir do fato de que as pessoas obsessivas não querem sentir seu próprio desafeto e seu próprio terror, pois sentem que a vinculação com o outro é muito dolorosa e ao mesmo tempo o contato é muito assustador, pois para eles, isso vai acabar novamente em dor e separação. Para evitar isso é necessário o controle e muitas vezes a possessão.

O obsessivo quando se sente encurralado em suas próprias estratégias, percebendo-se perdendo o controle, passa a ter medo das conseqüências e vendo que suas vias de evacuação e evitação estão cortadas.

Uma vez que não é possível fugir, o único meio disponível para escapar é o recuo no mundo irreal de fantasias e obsessões, pois percebe seu mundo em constante de tensão, vivendo um inferno sem alívio ou fuga física, onde a fantasia, muitas vezes trágicas, se torna a única opção.

O transtorno obsessivo compulsivo é um distúrbio debilitante e destrutivo. No entanto, ele pode ser minimizado com a terapia medicamentosa e psicoterapia cognitivo-comportamental

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